O colar cervical veio para ficar na área da reabilitação aquática. São importantíssimos para dar suporte a cabeça quando o profissional necessita atuar em partes mais distais e não pode dar tanta atenção a cabeça. Apesar de se chamar colar cervical ele não tem a intenção de proteger a cervical como os colares usados em caso de primeiros socorros.
Ele dá suporte a cabeça, um conceito errado que temos de dar suporte no pescoço, que no caso irá sofrer uma hiperextensão caso isto seja feito. A ideia é de que ele estabeleça contato seguro com a região do occipital.
Os primeiros foram feitos de câmara de ar de pneus, usados em Bad Ragaz substituindo as pranchas flutuantes com mais outras duas câmaras que faziam flutuar os quadris e membros inferiores se necessário.
Hoje em dia vemos uma infinidade de modelos e tipos de material usados. O mais clássico e de boa qualidade podemos dizer ser este amarelinho com o nome de Body Fit Colar. Elaborado em látex free, segundo o fabricante é desenvolvido para suportar o paciente em posição supino com conforto e segurança. Não é recomendado para caso de naufrágios nem são os modelos que ficam em baixo do assento dos aviões. Custam cerca de 30 dólares e são até que bem resistentes, mas uma hora ou outra furam. No Brasil alguns já tentaram produzir, mas ainda não são muito satisfatórios, sempre rompem na parte interna devido à qualidade do material e da solda. Evitem comprar, se você atende com frequência, não dura um mês.
Para solucionar o problema foram desenvolvidos, com o mesmo desenho só que com materiais diferentes, um tipo de eva fechado por uma película, este outro tipo de flutuador.
Tem o infantil e o adulto em uma série de tamanhos. De ótima resistência e fácil de higienizar e com um preço de cerca de 40 dólares. Ótimo material, um pouco desconfortável para pacientes que não conseguem descontrair a região da cervical. Tem um ponto negativo que é a impossibilidade de alterar a flutuabilidade. No Brasil já estão fazendo algumas tentativas de produzir uma cópia, como tudo.
Este outro modelito que parece até uma boia comum, mas não é. É o mais engraçadinho, tem desenho e tudo mais, que também parece inútil, mas não é, já que se for trabalhar com criança, quanto mais lúdico melhor. Você enfia na cabeça da criança e o coitado fica como em uma guilhotina. Criança aceita quase tudo que o adulto impõe então pode até não ligar para a aparência que isto vai dar-lhe. O importante normalmente é estar na piscina brincando não importa se estiloso ou não.
Custa alguns poucos dólares e é uma opção, pode ser usado em membros inferiores para algumas manobras de Bad Ragaz em adultos se necessário.
Este é interessante porque é feito de zíper com até uma carinha redonda desenhado nele, mas a criança não gostou mesmo assim. Creio que deva ser para naufrágio. O problema deste é a manutenção, quando molhado fica pesado e depois demora dias para secar completamente estando em ambiente úmido e com o tempo fica com um cheirinho de bolor horrível.
Não sei quanto custa, mas você acha nas casas que vendem equipamento para barcos. Mas por favor, não compre para atendimento de reabilitação aquática. Vou ficar com vergonha de falar que você é meu colega de trabalho. Apesar de já ter usado no começo quando me formei. Naquele tempo um flutuador cervical verdadeiro, valia ouro.
Agora este ganha de tudo em quesito estilo. Existem aqui no Brasil feito de eva, este da foto tem um revestimento em tecido sintético e em alguns casos estes são os mais indicados dependendo a patologia ou síndrome.