Grupo de Watsu from Acquabrasil on Youtube.
As Terapias Aquáticas podem ser definidas como o conjunto de ações que um terapeuta desenvolve no meio aquático que respondem a um objetivo terapêutico.
Essas atividades foram agrupadas de acordo com seus principais benefícios e técnicas, nas quais podemos citar #watsu, #aichi, #halliwick #aquadinamic entre outros.
É assim que o Terapeuta Aquático tem à sua disposição um leque de possibilidades para aplicar ao seu usuário de acordo com as necessidades de saúde e qualidade de vida identificadas.
Muitos dos usuários que acessam as TA são encaminhados por outros profissionais de saúde que fizeram avaliações iniciais e geraram um plano de manejo abrangente, no qual é importante ter a água como alternativa para atingir os objetivos terapêuticos. Nesse caso, para o terapeuta aquático já existe uma meta traçada e ele poderia começar na primeira sessão para contribuir com a meta inicial. Porém, existem outros casos em que o usuário chega de forma espontânea e direta para receber uma sessão de terapia na água. É então onde deve ser prevista uma sessão que por si só gere um resultado de acordo com o que é narrado pelo usuário como o motivo principal da consulta e ao mesmo tempo nesta primeira sessão será possível, através da técnica aplicada, identificar fatores corporais, mentais e funcionais que pode requerer atenção especial.
O desenvolvimento de todas as técnicas fornece ao terapeuta aquático indicações sobre o que deve ser trabalhado prioritariamente, mas neste artigo gostaria de me deter nas vantagens do Watsu como meio de diagnóstico inicial.
O Watsu inicialmente gera o estímulo de relaxamento de todos os segmentos corporais, tanto pela temperatura da água quanto pela proximidade e contenção do terapeuta que projeta confiança e segurança. A sessão começa então com a identificação da frequência respiratória do usuário, aspecto muito importante para, posteriormente, proporcionar movimentos que contribuam para atingir um nível de relaxamento e diminuição da atividade mental.
A inteligência emocional do terapeuta e o nível de percepção são muito importantes porque permitem que ele saiba quando pode iniciar a sequência sem interferir no momento do encontro do usuário consigo mesmo. Movimentos muito suaves são então iniciados onde, por exemplo, níveis de ansiedade, autoconfiança e segurança podem ser evidenciados. É assim que uma pessoa com altos níveis de ansiedade ficará alerta, com tônus muscular mais alto e desconfiada.
O ato de fechar os olhos e abandonar-se nos braços do terapeuta mostra confiança e autoconfiança. A terapia progride realizando o movimento de oferta com uma perna. É aqui que, inicialmente, em alguns casos, a resistência é gerada com os músculos abdutores. Essa reação pode depender de vários fatores que o terapeuta deve esclarecer no decorrer do processo de reabilitação, como rigidez por retração muscular, tendinite, fibrose, abuso sexual, entre outros.
Aprofundando os exercícios, são realizados movimentos rotacionais onde o usuário tiver problemas vestibulares seja por enxaqueca, estresse ou diretamente relacionados ao ouvido, a pessoa irá manifestar algum tipo de desconforto ou defensibilidade.
Outro aspecto importante a se levar em consideração é a tolerância no momento da sessão. Esse aspecto está relacionado a períodos de atenção e níveis de ansiedade. Estes são alguns dos sinais através dos quais o utilizador comunica com o seu corpo e mente o que necessita. É dever do terapeuta ler esses sinais e aproveitar ao máximo o ambiente aquático para tratar as pessoas de forma integral a partir de uma abordagem biopsicossocial.
Uma terapia Watsu abrangente pode curar o corpo e a mente.
Marcelo Roque
Fisioterapeuta
Especialista em Terapias Aquáticas.
Agradecido por ler.