Terapia de Flutuação. Esta novidade que não é tão nova assim já que é desenvolvida desde 1954 pelo neurocientista norte-americano John Lilly que desenvolveu as primeiras cabines de flutuação, está chegando ao Brasil em clínicas e spas.

Pode parecer um pouco estranho estar dento de uma cabine com mais de 600 quilos de sais diluídos em água como no mar morto, mas pode ser bastante confortável e agradável a terapia quando bem conduzida por profissionais.

A cabine é toda isolada de som e luz e a água é aquecida a uma temperatura semelhante a temperatura do corpo humano. Do lado existem controles de ar e de luz e você, mesmo com ouvidos com tampões, ouve uma trilha sonora escolhida de acordo com sua necessidade. Esta escolha é feita pelo terapeuta que conduz através de microfone o que você deve fazer nos primeiros instantes em que está se adequando a terapia.

Tive que experiência para poder dar meu parecer em relação a terapia de flutuação.

Como foi?

Quando cheguei ao local, recebi um folder explicativo sobre a técnica e como deveria me portar para obter os melhores resultados da terapêutica. Logo fui atendido pela psicóloga Fabiola Montenegro, que fez uma avaliação psicofísica e me explicou os detalhes de minha primeira sessão.

Fui pare a câmara de flutuação e mais explicações foram dadas pelo responsável técnico e terapeuta Rodrigo Ferizolla. Após um banho entrei na cabine e novas instruções de como deveria entrar e posteriormente sair da câmara. O corpo flutua com facilidade devido a quantidade de sais existentes na água e o calor da água relaxa a musculatura.

Para mim nos primeiros instantes foi desagradável a sensação de dor na cervical que logo foi soluciona pelas instruções do terapeuta pedindo para relaxar regiões do corpo que eu não estava consciente que estavam tensas. Fiz um pouco de massagem na cervical e não mais senti as dores.

Cerca de quinze minutos de flutuação (na minha contagem própria) percebi um relaxamento total e uma sensação agradável no corpo e sentia que poderia ficar ali um dia todo. Senti minhas glândulas salivares e lacrimais excretarem muita saliva e lágrima e imaginei todas as outras glândulas do meu corpo, o que estaria acontecendo com elas.

Ao término da terapia acendi a luz e me levantei devagar. Senti o corpo muito pesado e a musculatura muito relaxada, inclusive a musculatura do rosto. O estado de relaxamento é intenso e prolongado durante o dia da terapia e mesmo no dia posterior senti os benefícios da terapia.

O que me agradou:

– O atendimento profissional e a seriedade do terapeuta;

– O calor da água e a sensação de bem estar;

– A trilha sonora escolhida;

– O som que parecia estar sendo ouvido pelo meu corpo e não apenas pelos ouvidos;

– A melhora da qualidade dos pensamentos;

– A intensa sensação de relaxamento após a terapia;

– A limpeza e higiene do local e da câmara;

– A melhora da minha respiração.

– O hidratação da pele e cabelo.

– O ar puro que sai de uma ventoinha na direção do rosto.

O que creio que poderia melhorar:

– O cheiro do vinil que recobre a câmara. (O que será resolvido com o tempo, já que a câmara é nova)

– As dores iniciais na cervical

– O encurtamento muscular de postura no outro dia.

Durante a semana senti que alguns conteúdos psíquicos foram mobilizados e creio que o comentário da Dra. Fabiola Montenegro sobre fazer uma sessão de psicoterapia é aconselhável.

Pessoas que experimentaram a flutuação:

Ganhadores do prêmio Nobel – Richard Feyman e Robert Millinken

Filósofos – Fuller, Aldous Huxley, Alan Watt

Pioneiros da psicoterapia – R. D. lainf, Fritz Perl

Artistas criativos – John Lennon, Robin Williams, Michael Jachson

Atletas – Carl Lewis, Rogério Ceni entre outros.

Esta é uma experiência própria na terapia de flutuação e não significa que todas serão da mesma forma. Logicamente. Aqui estão apenas os relatos do que você poderá encontrar nesta técnica em termos mais leigos, já que o site também é destinado a pessoas que não são profissionais em trabalhos aquáticos.

Para os profissionais e a quem interesse, segue material informativo abaixo.

A água viscosa e a temperatura  criam dois efeitos desejáveis – permitem que você flutue sem nenhum esforço facilmente e absorve suavemente o ácido láctico acumulado em seus músculos. O Dr. John Lilly MD compreendeu cedo que seu “tanque de flutuação e isolamento” abriu algumas novas e inesperadas sendas de comunicação entre a mente e o corpo. Desde então, estas sendas foram exploradas por indivíduos pioneiros a margem de nossa cultura.

John Lilly

Em 1954, o Dr. John  realizou um estudo para o Governo dos EUA. Construindo um dispositivo experimental de ” Flutuação de Isolamento Sensorial”   Cujos resultados foram; a redução de trabalho do cérebro, do ônus  rotineiro do processo de informação sobre o mundo exterior. Descobriu que os efeitos da gravidade ocupam até um 90% de toda a atividade do sistema nervoso central, sendo a causa mais importante de muitas doenças, incluindo problemas de costas, dor em articulações e tensões  musculares.  Ao flutuar, o corpo experimenta uma total carência de importância . Suas idéias se voltaram a base da Terapia de Flutuação de Restrição de Estímulos Sensoriais. R.E.S.T.

As provas na função do cérebro, sob estas condições, revelaram um inesperado efeito benéfico nos modelos das ondas do cérebro e a produção de certos químicos (endorfinas) relacionados à Redução da Dor, Stress, Ansiedade, Benefícios na Aprendizagem Acelerada, Criatividade, Visualização, Preparação a Desportistas, Atletas, etc. Ademais, sua aplicação em Alcoolismo, Drogadição, Tabagismo, Obesidade, Bulimia, Anorexia, Ludo-mania, por mencionar os principais. com a Flutuação se suprimem e se reduzem as características de forte excitabilidade.

Com o advento das cabines de flutuação, pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde Mental de Washington desenvolveram uma revolucionária proposta científica de relaxamento profundo, conhecida como Terapia (Técnica) de Flutuação de estímulos sensoriais restringidos (R.E.S.T.) Seus efeitos forma estudados e documentados em Stanford, Harvard, Yale os EUA, bem como outros enumerado lugares como; universidades hospitais e instalações de treinamento desportivo em todo mundo. Como Austrália, Alemanha, Argentina, Áustria, Arábia Saudita, Bélgica, Canadá, Holanda, Espanha, Eslovênia, Israel, Itália, Inglaterra, Japão, Suíça e outros.

Tratamento na forma de flutuar em grandes tanques de água salgada é eficaz para doenças crônicas relacionadas com o stress. Isto é mostrado num estudo da Karlstad University, na Suécia, liderado por Torsten Norlander. O estudo de investigação mostra que indivíduos que sofrem de problemas de saúde relacionados com o stress, como doenças crônicas, depressão ou ansiedade são ajudados em grande parte com a flutuação. O efeito mantém-se quatro meses após o período de tratamento. Um grupo de controle, que não participou na flutuação, não teve qualquer tipo de melhorias na sua saúde. O estudo é parte de uma série no Human Performance Laboratory e o projeto de investigação corre em colaboração com o Värmland County Council.

Os pacientes que foram tratados com a flutuação tinham tido problemas de saúde há bastante tempo. Muitos deles tinham sido diagnosticados com “burn-out” (desgaste). Tinham vários sintomas relacionados com o stress como dores, esgotamentos, depressão e ansiedade.

“Estes são indivíduos que já tentaram frequentemente muitas formas diferentes de tratamento. Têm uma necessidade enorme de relaxamento mas têm muitas dificuldades para adoptar métodos de relaxamento. Eles estão tão tensos que os métodos não funcionam”, diz Torsten Norlander.

O que acontece, então, quando estes pacientes flutuam? Parece que o flutuar é uma maneira eficaz de desencadear uma resposta de relaxamento no corpo. O nível  hormonais de stress reduz durante e após a flutuação. Mais que isso, parece que o tratamento tem um efeito ainda maior já que o prolatim, um tipo hormonal “força-de-vida”, é libertado em quantidades maiores.

Após um período de tratamento de sete semanas, 22% dos participantes do grupo de flutuação estavam completamente livres de dores e 56% sentiram grandes melhorias; 19% não sentiram diferenças e 3% ficaram pior.

Em termos de sintomas, os resultados foram os seguintes: 23% passaram a dormir melhor; 31% sentiram menos stress; 27% sentiram menos ansiedade; e 24% sentiram-se menos deprimidos ou saíram completamente do estado de depressão.

Efeitos prolongam-se

O que os investigadores acham ser particularmente recompensador é que os efeitos positivos ainda eram evidentes após quatro meses do fim do tratamento de flutuação. Para garantir que os bons resultados eram devidos à flutuação, os investigadores criaram, por outro lado, um grupo de controlo que não participou na flutuação e, por outro lado, uma subdivisão dentro do grupo de flutuação. A um destes subgrupos foi dada atenção e encorajamento normal, enquanto ao outro subgrupo foi dada atenção e encorajamento extra.

“Podia-se suspeitar que teria sido a atenção e o encorajamento que levou aos resultados. Por isso queríamos tratar os dois grupos de maneiras diferentes. Mas o resultado foi que não houve diferenças entre os dois subgrupos de flutuadores: os seus resultados foram igualmente bons. Por outro lado, o grupo de controlo, que não tomou parte na flutuação, não registrou qualquer tipo de melhoria” ,diz Sven-Ake, um estudante de doutorado de psicologia e enfermagem. Esta investigação sobre flutuação é parte da sua tese de doutorado.

Stress resulta, em grande parte, das nossas preocupações com coisas que aconteceram e que vão acontecer. Quando um indivíduo, em vez disso, consegue atingir um estado de “aqui-agora”, o cérebro pode descansar. Estes investigadores acreditam que flutuar é uma maneira de atingir tal estado. Num tanque de flutuação escuro e silencioso o paciente é abstraído de várias impressões sensoriais. Além do descanso que o cérebro consegue os músculos também relaxam.

Os investigadores descobriram que cerca de 12 tratamentos de flutuação são suficientes para se atingirem resultados. O grupo que recebeu 33 tratamentos conseguiu resultados apenas ligeiramente melhores no alívio de dores e nível da pressão sanguínea. Parece que 12 tratamentos são suficientes para aliviar a ansiedade, depressão e outro sintomas relacionados com o stress.

Num outro estudo, os investigadores examinaram se a flutuação pode ser combinada com terapia conversacional. Assim, parece que os pacientes que flutuam conseguem resultados positivos mais rapidamente durante a terapia conversacional. Flutuar realça os efeitos.

Já Flutuei na Europa há quatro anos, morei lá, eu li sua experiência no site e a minha foi muito similar. eu flutuei, dormi e acordei logo uma hora depois sem perceber o tempo transcorrer, acordei completamente renovada, tranqüila mais cheia de energia. A cda sessão baixa meu nível de stress e me sinto mais perceptiva, motivada e criativa, minha percepção das coisas muda, pois meus sentidos ficam mais despertos. Eu hoje flutuo com espaços de silêncio para lograr o completo isolamento sensorial. é uma experiência muito difícil de transmitir é uma sensação de prazer completa que faz muito bem para minha saúde física e psicológica, eu recomendo a todos.

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